11.11.08

Justiça gaúcha reconhece o casamento na religiao

De acordo com matérias publicadas nos jornais de Porto Alegre/RS, O Sul e Zero Hora ,numa decisão inédita no Estado ,a justiça gaúcha reconhece o casamento no Candomblé.
Gorete Catarina Machado teve reconhecimento ,por unanimidade ,o direito de receber pensão previdenciária e parte do espólio de seu finado marido,Renato Fernandes Guedes .Para isso ,durante o julgamento ocorrido na 8* câmara civil ,foram apresentadas as provas da vida em comum do casal ,como fotos dos dois ,uma certidão na qual os dois constavam como padrinhos de um batismo e a certidão de casamento emitida em 12 de maio de 1983,pela Federação da Religião Afro-Brasileira ( AFROBRAS ) .
Conforme o desembargador Rui Portanova ,relator do caso :
- “ O Casamento no Candomblé ou na Umbanda tem o mesmo valor dos casamentos realizados nas religiões católicas e israelitas .Não devemos valorizar mais os pactos realizados em grandes sinagogas ou catedrais pomposas ,pelo fato de este casamento ter sido realizado em terreiro .
Em todas essas cerimônias ,o que esta em questão é a fé que cada um dos parceiros tem numa força sobrenatural

2.11.08

mesa de ibeji





>> O RITUAL DA MESA DE INOCENTES (IBEIJE) << É a única Religião, que tem um “Ritual” consagrado especialmente às crianças. O Ibeijes (Nagò) ou Hòhò (Jèje), presidem todo ato intelectual, a renovação, elevação pessoal e de ambientes. Se realiza oferendas (doces, brinquedos, etc...) para se obter sucessos em assuntos de saúde, questões de intelecto, processos no Foro, despacho de papeis, quebra de demandas e atração de novos adeptos. Excitem, vários “Rituais” de mesa de Ibeije, podem ser: Em homenagem, agradecimento, pedidos, votivas, de misericórdia (saúde, demanda, etc...) e também para “Levantar uma Obrigação de 4 Pés”/ “Ebó”. No entendimento de muitos, cada um tem sua maneira diferente de ser realizada e seus objetivos à ser alcançados. As mesas de Ibeije, sempre são compostas de seis, doze ou vinte e quatro crianças, na idade máxima até os doze anos; entre as crianças poderemos incluir o “Feitor (a) do Ilé, mulheres grávidas, que devem sempre participar da mesa. Quero ressaltar que, “Mesa de Ibeije” não é festa de aniversário, tem um “Ritual”à ser cumprido, devemos servir as crianças sempre no sentido anti-horário, servindo pelo lado esquerdo das crianças e para retirar os pratinhos, se tira pelo lado direito das crianças sem passar, os mesmos, por cima da cabeça dos inocentes, devendo completar a volta na “Mesa de Ibeije”, sempre no sentido anti-horário, e depositar dentro do “Peji” os restos de salgados e de doces, bem como, tudo o que sobrou da “Mesa”. Dependendo do “Ritual”, sendo em sua maioria, plantado toda a sobra da “Obrigação”no pátio (Ilè) do Ilé (casa). Em outros casos, são despachado em praças públicas, praias de água doce e até mesmo dentro d’água, conforme a “Obrigação”e qual o seu objetivo ! Devo também elucidar que todos os “ossés ou jinjé”(comidas), (frias e não quente !) à ser servidos na “Mesa de Ibeije”, antes devem serem arriadas dentro do “Peji”, para depois serem colocadas na “Mesa”, porque tudo, tem que passar pelos olhos dos Òrìsàs, e os mesmos, tem que dar seu Àse, concorda ! Mas, o que vejo por aí, tudo sai da cozinha, as vezes até quente, bem como, os restos retornam à cozinha; gente! “Mesa de Ibeije” não é piquenique! Porque desta maneira os Òrìsàs são ignorados, então é melhor nem fazer!? A mesa de Ibeije é de Agonjú, mas as crianças são servidas pelos filhos Òsúns e Oyás, e quem também, serve o mel na boca das crianças, e quem d’água é o Feitor (a) mas, quem lava as mãos das crianças são os filhos de Yemonjá e quem seca as mãos são os filhos de Òòsààlàs ou os próprios Òrìsàs. Os brinquedos, são dados, logo após, na porta do “Peji” pelo Feitor (a) ou pelos filhos do Ilé ou pelos Òrìsàs presentes. Todo Ilé tem o seu “Ritual”, com todo o respeito aos demais, em meu Ilé é servido os “ossés ou jinjé” de “Agonjú e Òsún”, porque na verdade são os donos da “Mesa de Ibeije”, então, temos que servir as suas principais comidas, bem como, as dos demais Òrìsàs, são as seguintes: Àmàlà de frango desfiado com caruru ou espinafre ou quiabo e mais olubó; Amió ( frango desfiado e refogado com camarão e acompanhado com olubó = pirão); Xinxim de galinha desfiada. Sendo que, o “àmàlà e o xinxim” são servidos um do lado do outro, já o amió é separado. Em determinada “Mesa de Ibeije” e com objetivos especiais, são colocado todos os “ossés ou jinjé” de todo “Òrúnmalé”, ou seja, de Óbara até Òòsààlà. Já em outros casos especiais, ou seja, uma “Mesa de Misericórdia” ( saúde), se serve uma “canja de galinha, o peito desfiado”e insosso e o resto desta, “canja”, é despachado em água corrente de rio. É uma “Mesa”que se realiza fora de qualquer Ebó (festa), pode ser realizada conforme a necessidade, principalmente, para saúde . Observação : É importante saber que , esta “canja”não é e nem deve ser apresentada aos Òrìsàs no “Peji”, bem como, os restos da “Mesa” não irão para dentro do “Peji”; deixa-se na porta de saída do “Templo”, para no momento certo ser despachada. Porque ? Se “canja” fosse “ossé ou jinjé” (comida) de Òrìsà, então seria “ossé ou jinjé” de frente para Òrìsà . Porque, que esse povo, que serve canja em “Mesa de Ibeije”, não faz um prato ou uma gamela, bem bonito, e coloca dentro do “Pejí” como para frente de Òrìsà ! Porque canja é um àse especial e só para determinadas ocasiões. Pois, você deve fazer uma reflexão! Afinal, qual é ossé de Agonju o Àmàlà ou canja? Qual é o ossé de Òsún, canja ou Xinxim de galinha, Omólòkum ou canjica? Dentro da “Religião Africana” tudo tem que ter uma “lógica”, caso contrário, não faz parte do “Fundamento”e nem dos “Rituais”.